Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Emanuel Bandeira
Esse poema me inspirou, no qual Pasárgada é uma civilização segura, mas que tem suas loucuras, mas eu não me comparo, pois não sou amigo do Rei, nem tenho namorada, e nem gosto de coisas como ser infiel, ser injusto e de me apoderar de coisas ou pessoas.
Isso é um poema meio triste e por esse lado eu vejo isso, onde pode se ver por outras maneira, mas é claro.
Penso Logo Existo!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Meu Caminho estranho
Vou-me Embora pra Pasárgada
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Um comentário:
Manoel Bandeira, quem não já quis ir à Pasárgada.
Abraços
aurasacrafames.blogspot.com
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